terça-feira, 27 de maio de 2014

Diretor Adriano Lopes de Farias

Com 36 anos de atividade, o Centro de Formação Profissional Paulo de Tarso promove formação tecnológica, qualificação, aperfeiçoamento, cursos e serviços técnicos. O diretor ADRIANO LOPES DE FARIAS, recebeu a equipe do jornal Cidadão do Mundo e esclareceu por que a escola é referência nacional no ensino e no atendimento da mão de obra para a indústria da construção civil.

LUIZ CARLOS: Como você chegou à direção do centro?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: A oportunidade chegou em 2009, quando eu ainda não conhecia o projeto. Tem sido uma experiência prazerosa, pois eu e toda a equipe de professores e alunos do centro de formação passamos a conhecer de perto as necessidades do mercado. Conseguimos, com isso, suprir as diversas demandas que nos chegam. Atendemos especificamente à construção civil. Trabalhamos continuadamente com cerca de mil alunos. É muito gratificante ver que conseguimos resolver os problemas de mão de obra de grandes empresas e construtoras.

LUIZ CARLOS: E como é feito esse atendimento?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Fazemos um atendimento personalizado e customizado para as empresas. Para a nossa felicidade, temos um corpo técnico e acadêmico muito bem qualificado, composto por profissionais que vieram ou atuam no segmento da construção civil.

LUIZ CARLOS: Fico feliz em saber disso, pois como engenheiro atuante no mercado da construção civil, busquei muitas vezes estagiários que não tinham uma formação técnica adequada e que não demonstravam também ímpeto de gestores de obra. Por isso, com o tempo, comecei a buscar meus estagiários em escolas técnicas.

ADRIANO LOPES DE FARIAS: É verdade. Aqui, oferecemos cursos de técnico em edificações, técnico em agrimensura e técnico em segurança do trabalho. Nossos cursos técnicos são muito bem conceituados e concorridos, oferecendo ao mercado profissionais de alto nível.

LUIZ CARLOS: Quando uma empresa procura o centro de formação, o que ocorre?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: O centro de formação prepara e disponibiliza profissionais para o mercado. Porém, muitas vezes, as grandes empresas nos enviam profissionais do seu quadro de pessoal que precisam se qualificar ou até mesmo se especializar, melhorando seus conhecimentos técnicos. Em nosso trabalho, formatamos cursos específicos para nosso clientes “in company”; cursos estes aplicados dentro da empresa. Todos os nossos cursos têm avaliação e certificação.

LUIZ CARLOS: Quanto custa em média um curso para o aluno que ingressa na escola?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: O investimento dos nossos alunos gira em torno de R$ 270,00 por mês. Um curso de mestre de obras, por exemplo, dado em cinco meses, custa, em média, R$ 1.000,00 no total. O processo seletivo unificado do sistema Senai está disponível em nosso site, onde o aluno faz sua inscrição, recebe em casa o seu comprovante e vem aqui fazer as provas. Oferecemos muitos cursos gratuitos, mas outros são pagos pelo aluno. Pessoas da comunidade também participam de nosso processo seletivo, a fim de ingressarem em nossos cursos técnicos e de aprendizagem, gratuitamente.  

LUIZ CARLOS: Qual é a idade mínima para ingresso nos cursos?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Dezesseis anos, no mínimo, para alunos que estão cursando o segundo ano do ensino médio.

LUIZ CARLOS: No Brasil, a área de planejamento, programação e controle da produção tem deixado a desejar. Como vocês lidam com essa demanda?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Ministramos, em nossos cursos, os fundamentos da gestão e do controle de obras e, agora, implantamos também um curso superior de tecnólogo voltado para a gestão do canteiro de obras. O nosso curso de auxiliar administrativo de obras também cuida da  gestão e rotinas operacionais dos canteiros de obra.

LUIZ CARLOS: Qual a importância da TI (Tecnologia da Informação) na formação dos alunos do centro?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: O foco do nosso curso não é a especialização em tecnologias da informação. Porém, todos os nossos alunos têm contato direto e continuado com essa tecnologia.

LUIZ CARLOS: Então, pode-se dizer que os cursos ministrados no centro de formação promovem a inclusão digital de seus alunos?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Exatamente! Inclusive, os alunos de faixa etária mais avançada que frequentam nossa escola passam por essa inclusão digital.

LUIZ CARLOS: Voltando à questão do tecnólogo em controle de obras, qual o papel desse profissional?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: O papel deste profissional é fazer a interface entre o engenheiro, que está gerenciando toda a obra, e o mestre, encarregado da execução da obra e todos os seus subordinados.

LUIZ CARLOS: Qual o salário desse profissional?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: É arriscado dizer, pois seu salário dependerá de sua colocação no mercado de trabalho. Porém, podemos garantir que esse profissional terá sempre uma remuneração compatível com a importância da sua atuação em cada canteiro de obras, esteja ele numa barragem no Pará ou numa construção de um edifício numa metrópole, ou até mesmo num porto que esteja sendo construído num país da África.

LUIZ CARLOS: Vocês formam generalistas ou especialistas para a construção civil?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Em nossos cursos de qualificação e aprendizagem, formamos especialistas. Em nosso curso de tecnólogo, nossos alunos terão formação generalista com foco na gestão.

LUIZ CARLOS: Fale do aprendizado teórico e prático dos alunos do centro de formação.

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Nossa equipe de professores se ocupa de transmitir aos nossos alunos conhecimentos teóricos e práticos que serão usados por eles no cotidiano da sua futura profissão. Para tanto, fazemos visitas técnicas aos canteiros de obras, onde nossos alunos acompanham os vários estágios de obras diversas. Podemos dizer que a presença dos nossos alunos na sala de aula, nos laboratórios de nossa escola e nas obras, compõem o diferencial que garante a excelência de nossos cursos.

LUIZ CARLOS: Por que a mídia em geral não dá a importância devida à profissão do engenheiro em nosso país?

ADRIANO LOPES DE FARIAS: Não sei dizer. O que percebo é que os profissionais da engenharia nem sempre recebem na mídia o destaque merecido pelos bons serviços que prestam à nossa sociedade.

LUIZ CARLOS: Você acredita que nossa população entenderia com mais facilidade, por exemplo, questões como a relevância de não se jogar lixo na rua se houvesse na mídia brasileira um porta-voz da engenharia que ensinasse aos brasileiros técnicas cada vez mais adequadas para se planejar, projetar, construir e usar adequadamente o nosso aparelhamento urbano?


ADRIANO LOPES DE FARIAS: Sim. Acredito que, depois das lições aprendidas em nossas mídas, jamais alguém da nossa cidade jogaria uma garrafa PET vazia no rio Arrudas, por exemplo.

Postado por Luiz Carlos Faria em 27/05/2014.
Assessora de Comunicação e Marketing Tarcilla Vieira

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