Com 36
anos de atividade, o Centro de Formação Profissional Paulo de Tarso promove
formação tecnológica, qualificação, aperfeiçoamento, cursos e serviços
técnicos. O diretor ADRIANO LOPES DE FARIAS, recebeu a equipe do jornal Cidadão do Mundo e esclareceu por que a escola é
referência nacional no ensino e no atendimento da mão de obra para a indústria
da construção civil.
LUIZ CARLOS: Como você chegou à direção do centro?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: A oportunidade chegou em 2009, quando eu ainda não conhecia o
projeto. Tem sido uma experiência prazerosa, pois eu e toda a equipe de
professores e alunos do centro de formação passamos a conhecer de perto as
necessidades do mercado. Conseguimos, com isso, suprir as diversas demandas que
nos chegam. Atendemos especificamente à construção civil. Trabalhamos
continuadamente com cerca de mil alunos. É muito gratificante ver que
conseguimos resolver os problemas de mão de obra de grandes empresas e
construtoras.
LUIZ
CARLOS: E como é feito esse atendimento?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Fazemos um atendimento personalizado e customizado para as
empresas. Para a nossa felicidade, temos um corpo técnico e acadêmico muito bem
qualificado, composto por profissionais que vieram ou atuam no segmento da
construção civil.
LUIZ
CARLOS: Fico feliz em saber disso, pois como engenheiro
atuante no mercado da construção civil, busquei muitas vezes estagiários que
não tinham uma formação técnica adequada e que não demonstravam também ímpeto
de gestores de obra. Por isso, com o tempo, comecei a buscar meus estagiários
em escolas técnicas.
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: É verdade. Aqui, oferecemos cursos de técnico em edificações,
técnico em agrimensura e técnico em segurança do trabalho. Nossos cursos
técnicos são muito bem conceituados e concorridos, oferecendo ao mercado
profissionais de alto nível.
LUIZ
CARLOS: Quando uma empresa procura o centro de formação, o que ocorre?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: O centro de formação prepara e disponibiliza profissionais
para o mercado. Porém, muitas vezes, as grandes empresas nos enviam
profissionais do seu quadro de pessoal que precisam se qualificar ou até mesmo
se especializar, melhorando seus conhecimentos técnicos. Em nosso trabalho,
formatamos cursos específicos para nosso clientes “in company”; cursos estes
aplicados dentro da empresa. Todos os nossos cursos têm avaliação e certificação.
LUIZ
CARLOS: Quanto custa em média um curso para o aluno que ingressa na escola?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: O investimento dos nossos alunos gira em torno de R$ 270,00
por mês. Um curso de mestre de obras, por exemplo, dado em cinco meses, custa,
em média, R$ 1.000,00 no total. O processo seletivo unificado do sistema Senai
está disponível em nosso site, onde o aluno faz sua inscrição, recebe em casa o
seu comprovante e vem aqui fazer as provas. Oferecemos muitos cursos gratuitos,
mas outros são pagos pelo aluno. Pessoas da comunidade também participam de
nosso processo seletivo, a fim de ingressarem em nossos cursos técnicos e de
aprendizagem, gratuitamente.
LUIZ
CARLOS: Qual é a idade mínima para ingresso nos cursos?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Dezesseis anos, no mínimo, para alunos que estão cursando o
segundo ano do ensino médio.
LUIZ
CARLOS: No Brasil, a área de planejamento, programação e controle da produção
tem deixado a desejar. Como vocês lidam com essa demanda?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Ministramos, em nossos cursos, os fundamentos da gestão e do
controle de obras e, agora, implantamos também um curso superior de tecnólogo
voltado para a gestão do canteiro de obras. O nosso curso de auxiliar
administrativo de obras também cuida da gestão e rotinas operacionais dos
canteiros de obra.
LUIZ
CARLOS: Qual a importância da TI (Tecnologia da Informação) na formação dos
alunos do centro?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: O foco do nosso curso não é a especialização em tecnologias da
informação. Porém, todos os nossos alunos têm contato direto e continuado com
essa tecnologia.
LUIZ
CARLOS: Então, pode-se dizer que os cursos ministrados no centro de formação
promovem a inclusão digital de seus alunos?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Exatamente! Inclusive, os alunos de faixa etária mais avançada
que frequentam nossa escola passam por essa inclusão digital.
LUIZ
CARLOS: Voltando à questão do tecnólogo em controle de obras, qual o papel
desse profissional?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: O papel deste profissional é fazer a interface entre o
engenheiro, que está gerenciando toda a obra, e o mestre, encarregado da
execução da obra e todos os seus subordinados.
LUIZ
CARLOS: Qual o salário desse profissional?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: É arriscado dizer, pois seu salário dependerá de sua colocação
no mercado de trabalho. Porém, podemos garantir que esse profissional terá
sempre uma remuneração compatível com a importância da sua atuação em cada
canteiro de obras, esteja ele numa barragem no Pará ou numa construção de um
edifício numa metrópole, ou até mesmo num porto que esteja sendo construído num
país da África.
LUIZ
CARLOS: Vocês formam generalistas ou especialistas para a construção civil?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Em nossos cursos de qualificação e aprendizagem, formamos
especialistas. Em nosso curso de tecnólogo, nossos alunos terão formação
generalista com foco na gestão.
LUIZ
CARLOS: Fale do aprendizado teórico e prático dos alunos do centro de formação.
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Nossa equipe de professores se ocupa de transmitir aos nossos
alunos conhecimentos teóricos e práticos que serão usados por eles no cotidiano
da sua futura profissão. Para tanto, fazemos visitas técnicas aos canteiros de
obras, onde nossos alunos acompanham os vários estágios de obras diversas.
Podemos dizer que a presença dos nossos alunos na sala de aula, nos
laboratórios de nossa escola e nas obras, compõem o diferencial que garante a
excelência de nossos cursos.
LUIZ
CARLOS: Por que a mídia em geral não dá a importância devida à profissão do
engenheiro em nosso país?
ADRIANO LOPES DE FARIAS: Não sei dizer. O que percebo é que os profissionais da
engenharia nem sempre recebem na mídia o destaque merecido pelos bons serviços
que prestam à nossa sociedade.
LUIZ
CARLOS: Você acredita que nossa população entenderia com mais facilidade, por
exemplo, questões como a relevância de não se jogar lixo na rua se houvesse na
mídia brasileira um porta-voz da engenharia que ensinasse aos brasileiros
técnicas cada vez mais adequadas para se planejar, projetar, construir e usar
adequadamente o nosso aparelhamento urbano?
ADRIANO
LOPES DE FARIAS: Sim. Acredito que, depois das lições aprendidas em
nossas mídas, jamais alguém da nossa cidade jogaria uma garrafa PET vazia no
rio Arrudas, por exemplo.
Postado por Luiz Carlos Faria em 27/05/2014.
Assessora de Comunicação e Marketing Tarcilla Vieira
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